Uma amiga de longa data do brasileiro que está preso pela sua segunda violação das leis de imigração está organizando uma manifestação em apoio a ele na tarde de sábado, 26, no Bartlet Mall, em Newburyport (Massachusetts).
Martha Arias, funcionária da Richdale Food Store, disse que recebeu uma permissão da cidade para realizar a manifestação do meio-dia às 3 p.m. em apoio a Lucas Gonçalves de Oliveira Andrade, residente em Newburyport nos últimos 13 anos.
Arias disse que quer mostrar apoio a Andrade e “enviar uma mensagem ao ICE” – o Departamento Federal de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos.
Os agentes do ICE prenderam Andrade na manhã do dia 8 de maio, em seu apartamento, na Collins Street, junto com um segundo homem, que foi liberado mais tarde. O brasileiro foi deportado em 2005 depois de entrar no país ilegalmente pela fronteira com o México. O fato de ele ter voltado aos EUA após sua deportação significa que violou uma exigência federal de não voltar ao país dentro de cinco anos após ser deportado, de acordo com um porta-voz do ICE.
Desde a sua detenção, Andrade, que é divorciado, mas compartilhou a custódia do filho Luca, seu filho de 23 meses, está mantido na Casa de Correções do condado de Plymouth, que tem um contrato com o ICE para abrigar pessoas que aguardam a liberação em casos de imigração.
Arias, que conhece Andrade há anos, disse que ele é “o cara mais gentil, mais amável e mais doce”, e que trabalhou duro administrar o seu negócio de limpeza e ser um bom membro da comunidade. “Ele está fazendo os trabalhos que ninguém mais quer fazer”, disse ela, ao se referir a limpeza de restaurantes da cidade, à noite, e casas durante o dia. “Eu o amo como um filho”, acrescentou Arias.
É por isso que ela entrou na mídia social e está colocando cartazes pela cidade para incentivar as pessoas a comparecerem à manifestação. “Eu senti que algo precisa ser feito para mostrar apoio”, disse ela. “O ICE precisa saber que ele é bem respeitado, é um trabalhador. Eu só não quero que essa família seja destruída”, continuou.
Na terça-feira, dia 22, a advogada de Andrade, Becki Jacobson, disse que nada mudou em termos de status e pediu uma “entrevista para que ele fale sobre o medo de voltar ao Brasil”. Isso seria uma chance para Andrade defender sua permanência no país. Ele disse a Jacobson que teme por sua vida por causa da retaliação de “um homem que é membro de uma gangue”.
“Estamos preocupados com o filho dele. É por isso que a cidade está em alvoroço”, disse Jacobson. “Ele cuidou de seu filho. Sua mãe (do menino) não tem renda e é divorciada. (Lucas) faz de tudo para garantir que seu filho esteja em segurança”.
Jacobson disse que, geralmente, uma pessoa pega ao entrar ilegalmente nos EUA é deportada. “Eles apenas mandam você de volta e você tem que ficar fora do país por cinco anos”, disse ela. “Infelizmente, ele estava com medo, e é por isso que retornou pela segunda vez”.
Na semana passada, John Mohan, porta-voz da ICE, confirmou que Andrade, de 40 anos, “reentrou ilegalmente no país após uma deportação em 2005. Ele permanecerá sob custódia do ICE até que seja deportado”.
Paula Grenier, oficial de assuntos públicos do departamento de imigração disse, em uma declaração que “devido às leis e regulamentos que protegem a privacidade de certos indivíduos, o USCIS não pode comentar sobre o status de indivíduos presos ou sobre seus casos específicos”.
Fonte: Redação – Brazilian Times

Marcações: