Na segunda-feira, dia 28, um diretor do Departamento de Serviços Humanos e Saúde (HHS, sigla em inglês) afirmou que a notícia de que a agência perdeu aproximadamente 1500 crianças imigrantes é falsa e enganosa.
De acordo com o secretário Eric Hargan, em um comunicado, “as crianças não estão perdidas”. Ele acrescentou que os patrocinadores delas não respondem às chamadas do escritório de Reassentamento de Refugiados (ORR) e do HHS, que supervisionam os cuidados de menores acompanhados ou não.
A agência não tinha obrigação de fazer as chamadas de acompanhamento durante 30 dias para garantir que as crianças e seus patrocinadores não precisassem de serviços adicionais, segundo ele. “Agora, esta ação voluntária está sendo usada para confundir e espalhar desinformação”, disse. “Este é um exemplo clássico do ditado ‘nenhuma boa ação fica impune'”, continuou.
O secretário acrescentou que muitos dos patrocinadores que se comprometeram em cuidar das crianças durante um certo período não respondem aos chamados porque grande maioria é formada por imigrantes indocumentados e temem entrar em contato com autoridades federais.
O comunicado tenta explicar uma informação divulgada durante uma reunião do Senado no mês passado de que milhares de crianças detidas na fronteira teriam desaparecido. Isso porque um funcionário da ORR afirmou que a agência era incapaz de determinar “com certeza” o paradeiro de 20% dos menores indocumentados que foram colocados sob cuidados de patrocinadores.
Steven Wagner, secretário assistente interino da Children and Families, que faz parte do HHS, divulgou o número enquanto discutia o estado da ORR.
Sua declaração foi submetida a um exame renovado em meio a relatos de que crianças imigrantes estão sendo separadas de seus pais na fronteira com os EUA. O secretário de Segurança do Departamento de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, defendeu a política, dizendo que separações semelhantes acontecem no país “todos os dias”.
Mas a Nielsen concordou com os senadores sobre o fato de que mais pode ser feito para proteger as crianças que vêm para os EUA sem seus pais ou são separadas deles.
Depois de ficar em um abrigo da ORR, a maioria das crianças são colocadas com patrocinadores que têm laços estreitos (geralmente um pai ou parente próximo) e às vezes até com quem não é parente, segundo Wagner.
Nesse ponto, “o ORR não é legalmente responsável pelas crianças depois que elas são liberadas dos seus cuidados”, disse ele. “O ORR precisaria de mais recursos para continuar a ser legalmente responsável pelas crianças”, acrescentou.
Fonte: Redação – Brazilian Times