O empresário gaúcho preso ontem (31), em caráter temporário, suspeito de participar da organização da paralisação de caminhoneiros no Rio Grande do Sul, diz não ter liderado e não ter nenhum tipo de envolvimento no movimento que durou 11 dias.
Vinícius Pellenz está detido desde ontem na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Porto Alegre. Ele foi identificado como o autor de textos compartilhados por grupos de mensagens eletrônicas, interpretados pelas autoridades de segurança como ameaças a eventuais caminhoneiros que estivessem planejando deixar as manifestações e voltar às estradas.
Em entrevista a Agência Brasil, o advogado de Pellenz admitiu que a voz gravada em ao menos dois áudios anexados ao inquérito é a de seu cliente. No entanto, segundo Lúcio Santoro Constantino, nelas o empresário não está insuflando os caminhoneiros a impedir os companheiros a voltar ao trabalho, mas sim reclamando dos bloqueios que prejudicariam as atividades das empresas locais, incluindo as suas e a da família.
“Os áudios que me foram apresentados não contêm indícios claros de que Vinícius tenha constrangido ninguém. São registros de conversas comuns que eu entendo serem insuficientes para configurar qualquer prática ilícita”, argumentou o advogado, sugerindo que, numa outra mensagem, o cliente poderia estar alertando os caminhoneiros sobre os pontos de bloqueios onde seria necessário ter cautela.

Fonte: Agência Brasil

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