De acordo com a investigação, mesmo sem ocupar qualquer cargo no âmbito da pasta, os senadores atuaram para deferir e indeferir pleitos sindicais de entidades que pretendiam favorecer.
As tratativas eram feitas com o atual coordenador-geral de Registro Sindical, Renato Araújo, nomeado para o cargo com ajuda dos congressistas.
Os investigadores suspeitam que, como contrapartida, os sindicatos ofereciam apoio aos políticos em eleições ou mesmo se filiavam a centrais por eles indicadas.
A PF viu elementos para pedir a prisão dos senadores, mas não o fez por causa da imunidade formal que eles detêm. Porém, requereu busca e apreensão em seus gabinetes, além de indiciamento e abertura inquérito. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin não autorizou as medidas.
Mensagens de celular trocadas entre os senadores e Araújo indicam a troca de favores. Conforme o inquérito sobre o caso, o servidor colocava a sua atuação no ministério à disposição dos parlamentares, direcionando processos de modo a beneficiar determinadas entidades sindicais —em relação ao mérito do pedido ou à celeridade de sua tramitação. Para isso, contava com apoio político para permanecer em cargos comissionados.

Fonte: Folha de S.Paulo

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