A Orquestra Voadora é um dos blocos que compõem a Liga Carnavalesca Amigos do Zé PereiraFlávia Villela/Arquivo/Agência BrasilSem ajuda financeira direta da prefeitura do Rio de Janeiro, os blocos de rua veem como solução para cobrir seus gastos no carnaval “ir para o mercado”, disse o presidente da Liga Carnavalesca Amigos do Zé Pereira, Rodrigo Rezende. A prefeitura garante a infraestrutura necessária para os desfiles dos blocos autorizados, o que envolve colocação de banheiros químicos, cercamento de monumentos e espaços públicos, controle do tráfego e atuação da Guarda Municipal.
Para Rezende, sem uma política pública de fomento e de amparo aos blocos, o carnaval de rua vai acabar. A captação de recursos no mercado envolve a inscrição dos blocos na Lei de Incentivo à Cultura para buscar patrocinadores que trabalhem com essa legislação, explicou o presidente.
Segundo ele, é impossível conseguir dinheiro para os desfiles fazendo festas ou “vaquinhas”. “Haja camiseta para vender para você bancar a saída de um bloco”. De acordo com Rezende, isso valia para desfiles com até mil foliões, mas hoje em dia, com desfiles, em alguns casos, para mais de 100 mil pessoas, isso é impensável. “E, infelizmente, só tem dinheiro para pagar um caminhão de som”, destacou.

Fonte: Agência Brasil