Image caption Técnico em refrigeração que morreu com febre amarela dizia que doença só afetaria macacos | Foto: Arquivo pessoal Na véspera do último Natal, o técnico em refrigeração Anderson Lopes Oliveira dos Santos, de 31 anos, se lembrou de que não tinha tomado a vacina contra a febre amarela ao passar em frente a um posto de saúde fechado. Diante da preocupação e constante insistência de sua mulher, a atendente Maria Dolores Faria Moraes, de 26 anos, ele buscou tranquilizá-la.

“Isso aí não pega, não. Se fosse tão sério assim, tava matando gente. Mas só aparece macaco morto. Só mata macaco, Maria”, disse Santos, segundo as lembranças de sua mulher. A doença o matou apenas 15 dias mais tarde.Os ratos são inocentes: pesquisa aponta que humanos espalharam a peste negra, epidemia mais mortal da históriaO técnico em refrigeração morava em Mairiporã, cidade que, de acordo com o governo, concentra a maior parte dos casos de febre amarela silvestre do Estado de São Paulo. Apenas nos 16 primeiros dias de 2018, já foram registrados 16 casos de febre amarela no Estado, que resultaram em 11 mortes.

Fonte: BBC