ROMA, 16 JAN (ANSA) – O primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, discutiram as soluções para as crises no Oriente Médio, em especial, sobre a Líbia, em um telefonema nesta segunda-feira (15). Segundo fontes do governo, os dois líderes tiveram a mesma opinião sobre a necessidade de uma solução política para a ex-colônia italiana, que sofreu nos últimos anos com uma guerra civil e com uma grave crise política. Atualmente, a nação é liderada por um governo de coalizão apoiado pela comunidade internacional.

Gentiloni teria se mostrado favorável ao plano russo para “estabilizar a região” no curto e médio prazo. Além das questões internas, a Itália tem interesse na estabilidade líbia também por conta da crise migratória, já que é do país africano que saem as embarcações clandestinas com centenas de milhares de imigrantes ilegais para o país da bota.

As conversas ocorreram em um dia marcado por conflitos na área próxima ao aeroporto de Trípoli, onde ao menos 20 pessoas morreram na briga entre as diversas facções que ainda lutam pelo poder – ou por regiões – no país.

– Outros assuntos: O governo da Itália emitiu uma nota informando que a “longa conversa” entre os dois líderes também focou em questões comerciais, turismo e cultura – além da Presidência italiana na Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

“No centro da conversa, sobretudo, as relações bilaterais entre Itália e Rússia sobre as quais os dois líderes expressaram satisfação, especialmente, pela retomada das relações comerciais que, nos últimos meses, tiveram uma clara e positiva inversão de tendência”, informou em nota oficial o Palácio Chigi.

O comunicado também destacou que Putin celebrou o fato de que houve uma retomada “significativa” no número de russos que foram visitar a Itália no último ano. Por sua vez, o líder do Kremlin debateu sobre os eventos italianos que serão realizados em cidades russas, como o Fórum Cultural de São Petersburgo.

Conforme fontes do governo italiano, Putin ainda demonstrou “interesse pelo papel que a Itália fará neste ano na Presidência da OSCE” e os dois debateram também as “possíveis iniciativas que o organismo internacional pode ter para facilitar em relação à crise ucraniana”. (ANSA)

Fonte: ISTOÉ Independente

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