19/01/201802h00Se depender a ala política do governo Michel Temer, o sistema de indicações na Caixa Econômica Federal será mantido mesmo após a crise que na direção do banco.
Auxiliares do presidente afirmam que as nomeações podem seguir preferências partidárias para evitar rebeliões na base aliada, especialmente durante a votação da reforma da Previdência, prevista para 19 de fevereiro.
O argumento é que, mesmo após o da Caixa, partidos como PP, PR, PRB e o MDB, precisam se sentir contemplados com cargos para manter coesa a base aliada do governo.
A tese, porém, vai encontrar uma barreira prática: o novo estatuto da Caixa, que deve ser aprovado nesta sexta (19) com o objetivo de dar poder ao Conselho de Administração do banco para nomear e exonerar dirigentes –hoje essa é uma competência do presidente da República.
Os defensores da tese de que o jogo de influência se mantém, lembram que o colegiado é formado por integrantes indicados pelo próprio governo –quatro do Ministério da Fazenda, um do Planejamento, além do presidente da Caixa, Gilberto Occhi, e um representante dos funcionários do banco.
ESQUEMA
Na terça-feira (16), Temer autorizou que quatro dos doze vice-presidentes da Caixa fossem afastados –eles são suspeitos de participar de um esquema que atuava para atender a interesses de políticos e empresários em operações financeiras– e despertou a ira de alguns aliados.

Fonte: Folha de S.Paulo

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