17/01/201802h00Ao meio-dia de segunda (15), seis horas antes da a Santiago, cerca de mil carabineiros (policiais militares) já se organizavam na Alameda, principal avenida da capital.
Os ambulantes que todos os dias vendem refrigerantes e empanadas gritavam até ficarem esganados oferecendo bandeiras do Vaticano, terços e pingentes com o rosto do papa, mas faltava o público.
“Por que não lotaram as ruas?”, perguntava perplexa uma jovem venezuelana. “Não percebem que é o papa?”
Sim, ele é o papa, mas o Chile encara essa visita de uma forma muito diferente à de João Paulo 2º em 1987.
Na agonia da ditadura (1973-90), Karol Wojtyla apareceu na varanda do Palácio de La Moneda com Augusto Pinochet, mas a Igreja Católica era vista com uma força moral da sociedade.
Mais de 70% dos chilenos se declaravam católicos, e não só os padres de bairros pobres mas também muitos bispos clamaram pelos direitos humanos e a democracia.
Hoje a democracia está consolidada, mas menos da metade dos jovens se consideram fiéis. Além disso, a Igreja é questionada por sua cumplicidade com a pedofilia. O caso do padre , denunciado em 2010, fez com que .

Fonte: Folha de S.Paulo