18/01/201822h48Casos de assédio e abuso sexual são frequentes em escritórios das Nações Unidas ao redor do mundo, em um ambiente em que os agressores se beneficiam de impunidade e os agredidos são ignorados, aponta investigação jornalística do diário britânico “The Guardian”.
O jornal ouviu dezenas de atuais e antigos funcionários do ONU em mais de dez países, que descreveram uma cultura de silêncio e um sistema interno de reclamações que não favorece as vítimas.
Quinze dos funcionários ouvidos sob condição de anonimato pelo jornal disseram ter sido vítimas de abusos nos últimos cinco anos, com acusações que vão de assédio verbal a estupro. Sete mulheres chegaram a denunciar as agressões sofridas.
Três mulheres que denunciaram assédio ou ataque sexual, de diferentes escritórios, disseram ter sido forçadas a deixar o emprego ou ameaçadas com o fim do contrato no ano passado. Os supostos agressores, que incluem um alto funcionário do organismo, permanecem nos cargos.
“Se você denuncia, sua carreira está acabada, especialmente se você é um consultor [funcionário associado, geralmente com contrato temporário]”, afirmou uma consultora que disse ter sido assediada por seu superior no Programa Mundial de Alimentos.

Fonte: Folha de S.Paulo

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