A Polícia Federal realizou buscas nesta quarta-feira (30) nos gabinetes dos deputados Paulo Pereira da Silva (SD-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Wilson Filho (PTB-PB). Não foram divulgadas informações sobre o que foi apreendido nem qual era a razão da busca.

Em nota, a PF informou que deflagrou a fase ostensiva da Operação Registro Espúrio, “com o objetivo de desarticular organização criminosa que atua na concessão fraudulenta de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho”.

Cerca de 320 policiais federais cumpriram 64 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão preventiva e 15 mandados de prisão temporária, além de outras medidas cautelares. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e abrangem Distrito Federal, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais.

Segundo a PF, após cerca de um ano, as investigações revelaram um amplo esquema de corrupção dentro da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho, com suspeita de envolvimento de servidores públicos, lobistas, advogados, dirigentes de centrais sindicais e parlamentares.

Deputados se defendem
Os deputados não foram localizados pela Agência Câmara, mas se defenderam em entrevista à imprensa. Wilson Filho disse que não tem participação em nenhum esquema de concessão de registros sindicais no Ministério do Trabalho e que está tranquilo quanto às investigações.

O deputado Paulo Pereira da Silva disse que é o maior defensor da pauta trabalhista no Congresso Nacional, que já foi investigado em diversas oportunidades e que sempre conseguiu provar que as denúncias foram fruto de pessoas incomodadas com sua atuação na defesa do trabalhador.

A Direção Nacional do PTB se pronunciou em defesa do deputado Jovair Arantes. O partido afirma que jamais participou de quaisquer negociações espúrias no Ministério do Trabalho e declara que, se for comprovado na Justiça o envolvimento de petebistas no referido esquema investigado pela Polícia Federal, os culpados, se houver, devem assumir suas responsabilidades perante a sociedade.

Fonte: Agência Câmara de Deputados